segunda-feira, 31 de agosto de 2015



Por toda a minha vida, eu ouvi a minha mãe dizer que meu avô repetia sempre, "Eu sou de quem me quer". Sempre aceitei isso como fato, mas penso que na teoria prática das coisas práticas da vida, eu era de quem eu queria e insisti nisso. Parecia mais lógico, eu decidiria de quem eu seria, a quem eu pertenceria. Hoje, retorno à frase do meu avô, cheia de orgulho, de cabeça erguida, percebendo com clareza que somos mais felizes, bom, pelo menos, eu sou mais feliz, sendo de quem faz questão de me ter. É mais fácil, mais legal, justo e honesto o jogo. O contrário disso é visão curta da vida, é teimosia. Eu não sei se teimosia encontra portas abertas...

Eu disse que gostava de diários?



Agosto lindo, 31, que termina aqui.

sábado, 29 de agosto de 2015


Ontem, voando sobre o Panamá, avião preparando-se para aterrisar, eu vi o mar, as ilhas, o Sol se pondo - já que agora meus filhos permitem-me o assento ao lado da janela -, eu vi a Terra em sua forma redonda, aquela coisa "Seria o céu um mar?", eu vi cores e as vibrações nas águas, vi também nenhum ser animal, vi apenas o universo e entendi naquele instante, de forma muito clara, que morrer ali não seria nunca desespero ou tristeza, e, sim, apenas esplendor. Pensei, "Se eu morresse agora, morreria feliz, feliz...". Um molhado nos olhos só confirmava. Eu tenho medo é de morrer na ignorância.



Suzana Guimarães

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Minha casa tem um cheiro que só ela tem.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Desde criança, sempre me desviei de qualquer coisa que fosse contrária aos fatos e à verdade das coisas e das pessoas. E, claro, com o passar dos anos, isso só aumentou em mim. Talvez eu incomode muito mesmo - apesar de que quase nunca eu vou atrás de alguém para falar dessas coisas, das verdades. Talvez seja insuportável viver perto de mim, por eu ser assim, tão desprovida de ilusões tolas - mas sou uma pessoa muito alegre e tenho uma vida legal. Talvez eu não seja mesmo boa companhia - mas eu sempre tive a mim e isso sempre bastou. O que não concordo é alguém pensar que tenho que ser de outro jeito ou tentar fazer com que eu faça meus julgamentos dos fatos de outra forma que não seja a minha. Antes, eu respeitava o esclarecimento que eu tinha - um dom. Hoje, respeito isso e o caminho percorrido. Não cedo. Não troco meus princípios. Nem pelo maior amor do mundo. O maior amor do mundo só tem liberdade de voo dentro de mim se eu estiver em plenitude.