domingo, 23 de dezembro de 2018



As fibras dos meus músculos, os nervos, as cavidades das teias dos nódulos
Aquela incontida ânsia
Atropelos cardíacos
Infinitos desjuntes...

Mais nada.
Sou silêncio puro.
Querido, aquela outra morreu.





(Publicado originalmente em Eu disse que gostava de diários? Em 17/12/2018)

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

sábado, 8 de dezembro de 2018

Se você não é doente, a tristeza da sua vida é culpa sua.


Dez anos!




Em dez dias, levantarei um voo solitário, eu comigo mesma, a minha melhor companhia. Terei tempo para vislumbrar a porta dos últimos dez anos fechada. A porta das minhas vitórias porque até quando eu perdia, eu estava ganhando. Cumpri meu trato feito silenciosamente através dos meus atos. Fiz a minha parte. Não fui omissa, não negligenciei, não idolatrei deuses de mentira. Fui atrás das minhas certezas, mesmo que isso ofendesse alguém. Cedi mais vezes do que eu queria. Cobrei de mim mesma com diligência e amor. Amei. Amei. Amei. Fui brava e rebelde, surtei. Xinguei muito. Ameacei. Cumpri ameaças. Continuei a menina de sempre, cheia de críticas e com pensamento reto. Fui doce com quem mereceu a minha doçura. Afastei-me das pessoas que só reclamam e debocham porque não sabem dar cabo de seus próprios destinos. Dez anos vitoriosos. Moro onde alguns passeiam. Continuo sorrindo. Sou um brinquedo de Deus, mas ser brinquedo dEle é honroso e bom. Continuo Suzana. Não me vendi. Não me enganei. Não me perdi. Sou genuinamente feliz. Dez anos, mãe, obrigada!