terça-feira, 27 de julho de 2010
PALAVRAS AO FIO
Suzana Guimarães
O telefone chamou, chamou... até que ele atendeu (ele nunca atende, nunca também gostou de atender).
Eu não o toco. Pouco o vejo. Raro o ouço. Mas ele atendeu. Eu poderia ser a amiga dela, a irmã dela, a outra filha dela.
Mas eu era só eu e já sabia que ia ser um pouco triste, um pouco saudoso, um pouco difícil.
Ele perguntou o meu nome três vezes. Ele perguntou onde eu estava.
Depois, novamente, ele perguntou onde eu estava...
Eu respondi perguntando o que ele fazia.
Ele descreveu a agenda que conheço
E eu fui diminuindo, diminuindo...
Se tudo foi difícil, difícil,
Ficou a lembrança de que ele já havia me dado vida e também já havia me salvado (dado segunda vida). Foi o primeiro que me tirou dos braços da mulher de preto, aquela bruxa velha, tão terna!
E voltou a dor antiga misturada com alegria, histórias de um livro já antigo, tão escrito e desmanchado e reescrito.
Eu me despedi. Ele perguntou novamente o meu nome. Já não havia mais tempo para mim, há quem possa lhe derrubar com muito pouco. Custei a falar. A voz agarrou, fraca na garganta. O meu nome que ele tanto achava lindo! E, por fim,
De onde mesmo você fala?
O telefone chamou, chamou... até que ele atendeu (ele nunca atende, nunca também gostou de atender).
Eu não o toco. Pouco o vejo. Raro o ouço. Mas ele atendeu. Eu poderia ser a amiga dela, a irmã dela, a outra filha dela.
Mas eu era só eu e já sabia que ia ser um pouco triste, um pouco saudoso, um pouco difícil.
Ele perguntou o meu nome três vezes. Ele perguntou onde eu estava.
Depois, novamente, ele perguntou onde eu estava...
Eu respondi perguntando o que ele fazia.
Ele descreveu a agenda que conheço
E eu fui diminuindo, diminuindo...
Se tudo foi difícil, difícil,
Ficou a lembrança de que ele já havia me dado vida e também já havia me salvado (dado segunda vida). Foi o primeiro que me tirou dos braços da mulher de preto, aquela bruxa velha, tão terna!
E voltou a dor antiga misturada com alegria, histórias de um livro já antigo, tão escrito e desmanchado e reescrito.
Eu me despedi. Ele perguntou novamente o meu nome. Já não havia mais tempo para mim, há quem possa lhe derrubar com muito pouco. Custei a falar. A voz agarrou, fraca na garganta. O meu nome que ele tanto achava lindo! E, por fim,
De onde mesmo você fala?
6 comentários:
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Triste...
ResponderExcluirBeijo Suzana!!!
E de onde vc grita ou sussura minha cara Suzana/lily? Qual o seu nome? E o que aconteceu depois?...
ResponderExcluirBjs e hj o meu post é dedicado a você!
De onde mesmo você fala?.. procurando entendela y conhecela tentando achar o origen de aquele toque que fez a comunicacao de dois coracoes ...
ResponderExcluirSaludos
Muito obrigado pelo comentario no meu blog ...
Linda semana
Sempre e uma honra ter sua visita... obrigado
Quando, por um fio, uma Imagem, ah!, eh ainda pior...
ResponderExcluirMuito bom!
Blue
Parabens!!
ResponderExcluirA D O R E I o q vc escreveu!!!
Rimou ate algumas coisas!!
Continue assim!
Merlin\ Gabriel Antonio.
Certos telefonemas me dão um impulso de entrar pelo bocal, meus lábios, língua e depois o corpo todo, e de seguir pelo fio sejam quantos forem os quilômetros, dezenas, centenas, não importa...
ResponderExcluirGK