(Suzana Guimarães - arquivo pessoal) |
domingo, 4 de novembro de 2012
(...)
Há mais peças dentro da mala do que fora, nas gavetas.
Ele as dobra de forma lenta, ele está de partida, sem desejar por isso
É noite, eu olho o céu, penso nele.
Eu me calo
Assim igual a ele, que se calou faz tempo
Ele está indo aos poucos, em passos curtos
ele prolonga o tempo
Eu me calo.
É noite, eu o vejo por entre os mundos
através da ferida que se abre em mim
Eu o olho, imóvel estou
Nada posso fazer
Ele nem sabe mais quem sou eu
Mas eu sei quem ele é.
Por Suzana Guimarães
4 comentários:
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Oh, deus das palavras e das sintonias, como entendo desse saber!
ResponderExcluirSua escrita tem muito a ver com a minha.
Somos farinha da mesma letra...
beijoss
Nossa, tantas coisas escorreram aqui por mim. Tantas coisas antigas e que não são minhas, mas de repente se tornaram minhas. Doeu no fundo da pele, dentro do peito...
ResponderExcluirVocê sabe que eu gosto quanto um escrito mergulha em mim e vai revirando tudo... Você sabe que eu gosto desse sentir do outro que se torna meu...
bacio
perfeito sentimento sobre a desconexão, ...
ResponderExcluiro problema em te ler é que sempre levo uma cutucada em algum lugar... :)
belo Suzana! a literatura é para mexer com a gente.
um beijo de fã.
E é assim mesmo, a gente sabe muito mais do que deveria saber, do que gostaria ou precisaria. A gente inspeciona demais o outro e esquece da gente. Por um lado é bom, mas por outro, acredito que a gente perca um pouco do encantamento e da ingenuidade. A ignorância é uma benção e cada vez mais fugimos disso.
ResponderExcluirBeijão, Su!