(SCG - arquivo pessoal) |
sábado, 29 de janeiro de 2011
CARTA À MINHA MÃE
Los Angeles, 29 de janeiro de 2011.
Mãe,
Ontem, lembrei-me da morte. Lembrei-me dela em sua forma mais cruenta e não com toda aquela autoridade que costumo ter, dizendo que não é o fim, que tudo de mim permanece em alma, fora deste meu corpo cansado e limitado. Lembrei-me dela, mãe, e chorei. Chorei meu choro escondido no banheiro, debaixo da ducha. Há tempos não choro naquela forma explícita, escancarada, dentro do carro, dirigindo, olhando os passantes, parada no semáforo. Ou diante da lagoa debaixo de fina garoa, no aeroporto, na porta da escola ou vendo meu filho cantando cantigas às mães. Escondi meu choro, mãe, da mesma forma que escondi algumas flores em botões, alguns desejos procrastinados, olhares velados... algumas cenas e alguns rostos, inclusive o teu, pois não posso aprofundar meu pensamento em ti, é dolorido, é machucado exposto.
Você sabe que a morte e eu temos um pacto oculto, do qual não me lembro mais, mas ela, sim. Para mim, ela é aquela mãe que ameaça o filho com palmadas e nunca as dá e por fim ela perde o respeito. Assim sou eu, não a temo. Lembra-se, mãe? Lembra-se daquela manhã na Casa de Saúde? Ela ficou do lado de fora do prédio, sentada num banquinho. No início, pensando se me levava ou não, logo na minha primeira hora neste mundo... você sofria, eu sofria, vó sofria e pai se fazia de durão, e ela, sentada, tomando um pouco de Sol de inverno, pensava e catava florzinhas de mato, brancas, amarelas, surgidas na força de tantas pisadas e de nenhum trato. Encantada em arrancá-las do chão, perdeu-se no ato de cheirá-las e enfiá-las nos bolsos negros da veste... Noutras vezes, ela retornou, mas sempre um pouco alheia, um pouco distraída, na principal volta, esqueceu o relógio para trás.
Eu poderia, mãe, escrever-lhe contando sobre o tempo aqui, o melhor da América. Perguntando sobre as chuvas tropicais... sei, fazem estragos enormes aí, minha pátria mãe, mas cá de longe atenho-me apenas nas levezas, uma forma de auto-preservação.
Cá de longe, opto pela saudade dos dias felizes, da mesa servida para o café, dos nossos passeios de carro, de nós olhando vitrines, e você querendo me dar presentes, fazendo-me sempre levar mais de um. Daquelas idas correndo à igreja para assistir à missa rápida de dia de semana, das visitas às tias velhas, do passeio no mercado e das paradas para tomar um café "capuccino". Lembro-me de todas as vezes em que eu não tive um amigo, uma amiga, um colega para tomar um sorvete, ir a um cinema, e você foi, satisfeita pela escapulida dos seus afazeres. Lembro-me de nós e de nossas gargalhadas, de nossos feitos, de flores. Ah, as flores! Eu as vejo tanto... não, não as naturais, mas sim as de couro ou tecido. Vejo-as aplicadas em bolsas, sandálias, sapatos, fivelas de cabelo. Passo uma das mãos, como quem nada quer, mas quebrados os ossos de saudade, chego a sentir a moleza, a dor descendo pelos braços... vejo você nelas e lhe toco. Sinto você, mãe. Eu poderia fechar os olhos, estender a mão, sentir tua presença, contornar tua cabeça, relembrar teus olhos brilhantes, hoje tão apagados, teu sorriso de dentes quadrados, enfileirados, brancos. É um instante, mãe, um instante, é quando perco a chave do esconderijo e abro a porta da lembrança.
Mãe, ontem eu pensei na morte. Pensei nela dona de si e nem um pouco distraída, esquecida... eu a vi, lançando um meu amado por mim ao chão. Um corpo caído, esgotado. Entregue. Totalmente passivo. Rasga-me pensar na notícia da chegada dela. No vento forte e quente, abrasivo, ou frio feito pedra batendo em minha cara, na certeza. Imagino quem dará a notícia, como falará... igual eu fazia nos tempos de criança, na adolescência, até pouco tempo atrás, naquele meu masoquismo de me fazer vivenciar algo que temo, que sei que a mim chegará e que nunca saberei como lidar. Deixei o vazio da notícia pesada de lamentos apoderar-se de mim, no meu corpo cansado, molhado, debaixo da água quente, perturbado pelas palavras de T., ao telefone, dando-me notícias que você não as dá, aquelas outras, que você faz questão de esquecer de contar, pois o que você quer, a única coisa, eu sei, é ouvir minhas risadas, minhas besteiras faladas ao telefone, meus delírios de eterna romântica e sonhadora (que só você conhece), ou mesmo meus xingos, minha cólera, meus milhões de atos desfeitos que se refazem horas depois.
Horas depois de eu ouvir tua voz, em tantos e diversos tons, em nossa conversa eterna em que muitas palavras muitas vezes não são ditas, mas muito bem entendidas. Nem que no meio delas, a gente reclame daquele que nos interrompeu, perguntando onde pôs as chaves, pedindo para que fechemos a porta, nem que a ligação caia, e a retomamos, teclando os números com raiva e pressa. Nada, nada, perturba nossa cumplicidade.
Eterna, suave, suave companhia a minha a ti, e, principalmente a tua a mim.
Saudades, mãe. Saudades tão doídas que ninguém pode alcançar. Carrego você em mim, pendurada feito amuleto bom, mas eu não a tenho e hoje, hoje, mãe, depois de ontem, tão sombrio e perdido, eu não quero me enganar... Enganar a ti? Como enganar você? Você me entende e me conhece ao ouvir a minha primeira palavra ao telefone, ou mesmo um segundo antes, parece que um vento sopra-lhe segredos aos ouvidos. Às vezes, mãe, dou umas tossidas para tentar lhe enganar, para tentar disfarçar o desconsolo na voz, mas você sempre sabe, sempre adivinha, tem certezas. Aquelas que insisto em esconder, que a ninguém revelo e sou capaz de esganar com meus dedos quem insistir.
A ti, todas as minhas verdades e tentativas tolas de esconder o que só você vê, minhas cores, fortes ou desbotadas, minha alma nua. Para ti, meu íntimo, pleno ou não, mas todo teu. A ti, só posso lhe oferecer minha voz, minha gargalhada, meu choro ou mesmo meu silêncio naqueles dias em que demoro um certo e difícil tempo para emitir som.
A ti, esta carta que escrevo tentando ser adulta ao mesmo tempo em que caço, nos meus cantos internos, aos prantos, a menina magricela, aquela feinha que você achava normal, aquela menina calada que você entendia e segurava pela mão. Aquela que virou as costas no aeroporto e não teve coragem de olhar para trás. Que carregou e carrega uma única certeza, a certeza de lhe pertencer mesmo quando presente em lugar nenhum.
Beijo.
Sua filha,
Suzana Costa Guimarães
36 comentários:
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Suzana/LILY
ResponderExcluirOlha a sua carta à sua mãe é emocionante! Através de suas palavras bem colocadas nos fazem chorar, juntamente com você, pois sentimos a dor de uma saudade. A saudade que é sinônima de um amor interminável, que ultrapassa o tempo e o espaço. Entretanto, as vicissitudes da vida nos fazem separar e causa saudade.
Sem contar com a tristeza, devemos cumprimentá-la pela beleza da sua carta!
Beijos!...
Vc lê lê e acha que vai agüentar... Mas no final as lagrimas aparecem, doidas de saudades, nem sabe de onde, porque ou por quem.
ResponderExcluirBlue
Moça, você nem imagina que nessa maneira abarrotada de ternura, eu te conheci muito.
ResponderExcluirAmei tua carta, e com certeza tua mãe irá amar mais ainda.
Ás vezes temos que fazer escolhas e essas escolhas nos doem inteira , mais ás vezes se fazem necessária. É ávida se fazendo presente nos mínimos detalhes e nos mandando ir viver apesar de.
Mães são puro faro querida, elas nos conhecessem a léguas e não tem como disfarçar.
Su saiba de uma coisa: admiro-te demais, tua maneira de escrita me cativa e me leva a suave brisa de tuas palavras, é muito legal te ler.
E não importa que idade tenha, dentro de cada um de nós mora uma criança, aquela pura que nunca aprendeu a crescer, que sente medo, que tem saudades, que fala tudo que sente que pede colo quando algo está muito confuso ao seu entendimento.
Um beijo querida.
Fernanda.
Su, estou com lágrimas nos olhos sem saber o que dizer. Já li e reli a sua carta e deixei todas as letras abraçarem o meu coração... Não há o que dizer, apenas abraçar-te em letras e versos...
ResponderExcluirBeijos Su-su que eu adoro!!
Lily/Suzana... és mulher de uma assombrosa coragem... não sei como é a tua vida... ou como vives ou onde vives (sou mui distraida para os detalhes)... mas, a este da tua alma NÃO!
ResponderExcluirNem sei onde vives... mas tive a imensa vontade de ir ao teu encontro... sem palavras... e colocar-te no colo e acalentar-te no balanço dessas antigas cadeiras... que nos faziam dormir.
Conheço a dor da saudade... que se agiganta a cada dia... e os "disfarces" para não percebê-la... a minha se foi há 5 anos... virou estrela como o Pequeno Princípe..., mas Deus sabe que doí...
Quanto a D. Morte... confesso que amo-a e a odeio. Odeio por nos tirar a presença do outro (isso me indigna terrívelmnte), amo-a... pq ela trouxe alívio para meses de tortura e dor... numa mente lúcida... e a amo, embora ela fique a ignorar-me... pq quero uma dança, das mais vibrantes com ela... por mais louco que pareça, abaixo de Deus... (e, isso é bem segredo...) ela é minha companheira... chamo-a... e ela me manda caminhar... não é hora ainda de nos encontrarmos... busquei... e, ela acariciou meus cabelos e disse na hora certa, anjo. Quem diria que alguém olharia para Morte como amiga... por isso amei o livro "A Menina que roubava livros".
Loucura... teu blog... teu espaço... e escrevo tais coisas...mas... senti cada palavra escrita e as naõ escritas na alma... e ainda estou a chorar... creio que por nos duas...
És de uma delicadeza e fortaleza ao mesmo tempo... paradoxo? sim... creio que herdou isso de tua mãe. Foi a declaração de amor mais bela que vi até hj... tão delicada e tão intensa... bela.
Obrigada por compartilhar conosco... algo tão íntimo...
Deus a conforte, dê-te forças, bom animo, alegria oriunda do coração Dela para o seu, e a tome em seus braços e a acalente ternamente.
Meu forte e carinhoso abraço, Kika/Cris
Caramba, o que é que eu hei-de dizer, se a leitura da carta me deixou sem fôlego?
ResponderExcluirPor hoje, digo-lhe apenas que a admiro cada vez mais, Suzana!
Beijo :)
Queridos,
ResponderExcluirJá decidi, voltarei na primeira semana de março, eu amo esse mês, totalmente especial para mim.
Beijos a todos!
Suzana/LILY
P.S.: responderei a todos, via e-mail.
Minha linda, mais vez me emociono contigo. Saudade mãe é coisa que só a própria faz passar. Mas mesmo assim te mando meus abraços com mais longos braços de ternura.
ResponderExcluirGrande beijo e amei que tu voltaste.
Desde ontem fiquei sem PC, o meu pifou, tive que comprar outro, por isso o atraso em liberar os comentários... Estava justamente a pouco lendo seu texto qdo falta energia elétrica, mas agora vamos lá: lia seu texto, ou melhor, sua carta e ouvia Mônica Salmaso cantando de Tom Zé 'Menina, amanhã de manhã', uma música linda que deixaria como comentário pq meu coração é taquicardia, meus olhos são lágrimas e na minha garganta se fez um nó com suas palavras, sua carta, sua emoção à flor da pele...
ResponderExcluir"Menina amnhã de manhã/qdo a gente acordar quero te dizer/que a felicidade vai desabar sobre os homens/na hora ninguém escapa/debaixo da cama ninguém se esconde/a felicidade vai desabar sobre os homens/menina, ela mete medo/menina, ela fecha a roda/menina, não tem saída/de cima/de banda/ou de lado/menina, olhe pra frente/todo cuidado/não queira dormir no ponto/segura o jogo/atenção de manhã/menina a felicidade/é cheia de praça/é cheia de traça/é cheia de lata/é cheia de graça/é cheia de pano/é cheia de sino/é cheia de sono/menina a felicidade é cheia de ano/é cheia de eno/é cheia de hino/é cheia de ono/é cheia de an/é cheia de en/é cheia de in/é cheia de on/menina a feliciade é cheia de a/é cheia de é/é cheia de ó"...
Abçs e muito vinho!
Suuuuuuuuuuuzanaaaa
ResponderExcluirEssssssspera
))))))))------ ufa
Menina... vim o mais rápido que pude
Só pra te dizer que estou feliz por saber que esta feliz
PQ?! +ou_ assim;
sua saudades ta me parecendo que
Não queres perder é nada, não agora
tudo esta começando a fluir
ainda mais que estas tendo uma visão mais ampla do que antes e com um ligeira sensação de mais coisa novas vem por ai e então vc pensa que aquela sua ‘cúmplice’ precisa estar ali pra ver mais uma x suas conquista, mas ai vem aquele aperto do tempo e o pensamento falando bem baixinho...
“espera, tenho mais uma coisa ainda pra falar, ainda não disse que a amo, não daquela forma que havia ensaiado enquanto olhava minha filha dormindo, e ainda tenho a faixa marrom pra te mostrar, mesmo que vc diga que isso me machuque muito, sim tenho tanto ainda pra dizer...”
Ah querida Fadinha, saudades seja perto ou longe estão ou não na mesma cidade ou em países distantes elas iram estar ali dentro da gente pq somos humanos e sentimos amor quando criadores ou criaturas seja lá a forma do amor que aprendemos a receber.
Ok, é inverno ai e este friozinho, da aquela vontade de aconchego do cheiro da mãe, hum falando em cheiro aquele feijãozinho que só a mãe sabe fazer, hummmmm!
Olha tem uma canção do Simon and Garfunkel que se chama Bookends, é interessante,da uma espiada.
Bjão que tenhas uma semana cheida de SolM em Si
Suzana.
ResponderExcluirEu li essa carta linda pra sua mãe.
Li, li...desci, corri e dei um abraço tão apertado na minha mãe, aquele abraço de sufocar.
Dessa vez, ela achou estranho o fato desse abraço calado (Porque é de praxe eu dar mil abraços nela o dia todo).
E eu disse, a mesma frase que Cazuza disse a sua mãe, qdo ficou sabendo que era portador do HIV:
Mãe, vontade de voltar dentro do seu útero.
Minha mãe, é meu TUDO.
Qdo você escrever pra sua de novo, ou falar com ela pelo tel, se não for pedir muito, diga que mandei um beijo a ela?
Um abraço meu.
Obrigada, Sil! Eu direi.
ResponderExcluirPois é, eu sempre fui muito agarrada a ela... desde sempre, desde todos os tempos. O meu caso não é aquela história da filha ou filho que reconhece o valor da mãe apenas quando passa a viver distante dela.
Converso com ela todos os dias, ao telefone, às vezes, mais de uma vez por dia. Mas dispensamos a webcam. Muito raramente (nem sei qual foi a última vez), nos olhamos nesta caixa insuportável. Nos olhamos e é estranho, difícil, eu não gosto, nem ela. Espero, espero o dia de poder tocá-la, encostar nela... ai, isso me dói, este texto me dói, mas eu não fujo do verdadeiro sentir, é melhor que o nada, uma vida de evitações. Não engano o próximo, o terceiro, por que eu haveria de enganar ou sabotar a mim mesma?
Beijos!
P.S.: Mas, eu não quero voltar para dentro do útero dela. Isso eu não quero. Quero continuar a história, nada de retrocessos.
ResponderExcluirAh! Eu nunca escrevo para ela, só envio fotografias...
ResponderExcluirNossa, que lindo isso Suzana, li com os olhos marejados, muito emocionante!
ResponderExcluirFeliz sabendo que voltarás!
Beijos e beijos!
PS: Já ia te mandar email pra saber de vc, aí decidi vir aqui ver se tinha postagem nova. bom que vim!
ResponderExcluirLily, quando viajei pra Curitiba e passei aquele sufoco no avião, fiquei vendo na janela nuvens enormes e negras com raios e trovões. Para mim, aquela nuvem se transformou em um longo capuz negro segurando uma foiçe de cabeça baixa.
ResponderExcluirTive aquele sentimento tão ruim mas tão ruim, que começei do nada a pedir proteção ao meu anjo.
Aquela nuvem foi se desfazendo e um por do sol saiu atras das longas colinas das fazendas. De repente, tudo clareou e só vi um rastro de chuva mas beem fininho. Quando li sua carta me lembrei daquela horas que quase conheci Deus.
Ela vai adorar ver sua carta! Será que ela já viu? bjs
ResponderExcluirMr.,
ResponderExcluirEu enviei a carta antes de publicá-la. Irei ao teu Blog para comentar sobre o episódio da viagem.
Beijos a todos! Nesta semana, darei um voo por várias casas... :)
Carissima, não chorei, mas fiquei aqui com lágrimas por dentro. Um aconchego estranho e uma saudade só minha. saudades de uma mulher que fez de mim o que sou, com suas verdades previsiveis e tão corretas que me deixava em silêncio. A morte a visitou numa tarde igual a tantas outras e nós nos perdemos. Fiquei apenas com seus breve quarenta e poucos anos. Será que eram mais? Nunca me ocupei do tempo. Pra mim ela vai ter sempre quarenta e poucos anos e seus braços estarão sempre em volta de mim com aquele sorriso que uma fotografia eternizou. Nós duas, ao som de uma espécie de locomotiva. Nós duas ali, sem pensar no amanhã que é lugar das coisas ausentes, que se desfazem ao piscar dos olhos.
ResponderExcluirSuas palavras parecem trilhos agora. Uma viagem daqui pra lá. Do presente que se ausenta para o passado que se aconchega em mim. bacio
Repito, responderei a todos via e-mail, mas eu gostaria de dizer que eu não imaginava este retorno de vocês... vocês me surpreendem sempre, me alcançam muito mais que a mim mesma, mas, aqui, vocês abriram seus corações, abriram a porta e me enfiaram casa adentro.
ResponderExcluirObrigada pelo desabafo... nem desabafo é, é sentimento exposto, apenas isso... acalento doce, comunhão...
Beijos, beijos...
Lembranças...qdo não torturam, sempre acalentando corações...linda carta, lindas palavras, vc é um talento!
ResponderExcluirEu agradeço o seu carinho e digo que é mto bom saber q gosta dos meus escritos pois tb adoro os seus!
bjsss
Ah, Suzana! No primeiro parágrafo tive que respirar fundo e tentar conter as lágrimas. Lembro, que a primeira vez que te tive lá no blog foi em um texto dedicado à minha mãe. E, também, recordo de tuas palavras tão cheias de emoção. A partir daquele momento, uma admiração imensa por ti tomou conta de mim. Por sentires algo semelhante ao que eu sentia.
ResponderExcluirHoje, minha querida, ahhh, Suzana, quem está totalmente envolvida pelo texto sou eu. E busco palavras para traduzir tudo o que sinto nesse momento. Eu que me autodenomino construtora de palavras, estou sem palavras.
Não poderei escrever à minha mãe-anjo, mas, hoje, ao invés de oração, irei ler tua carta. E dedicarei à ela todo o amor que transborda em teu texto.
Bjo e sorrisos e carinhos e vida em tua semana, amiga minha.
Suzy/Lily: Carta a Minha mãe li e tornei a ler, com as lagrimas nos meus olhos pois ja não tenho Pais, a morte eu ja escrevi sobre a morte a quase todos os dias lido com essas coisas uma vez que so Diácono e faço funerais, mas sabes minha doce Lily, nos nesta terra apenas somos peregrinos a caminho da Patria Celeste, ai não há choro nem fome e nem tristezas, porque somos felizes eternamente jundo de Deus.
ResponderExcluirBeijinhos
Santa Cruz
que lindo!
ResponderExcluirhoje vivo com minha mãe uma relação invertida onde eu que preciso cuidar dela...
bjo!
Suzana,
ResponderExcluirsua carta me remete a lembranças de uma vida.
Que saudades eu sinto de minha mãe, que ainda viva convive comigo.
É uma saudade estranha de alguém que convive comigo diariamente e ainda me chama de menino apesar de meu tempo ultrapassar o meio século de vida.
É uma convivência que em grande parte das vezes não precisam de palavras, há um entendimento no olhar, nos gestos, até no respirar.
Entendo quando envias somente as fotos. Elas falam por si. Para boas entendedoras, como só as mães sabem ser, as fotos bastam.
Quanta ternura você transmite nesta carta. Quanto amor, quanta lucidez, quanta percepção de vida. Você nos revela a origem da sua fortaleza, seu porto seguro, sua base.
bjos
Esta carta que explode em cores, sentimentos e palavras é maior que todo o resto. O texto é o reflexo desta grandeza,sem dúvida!
ResponderExcluirFica com meu beijooO*
Não contive o choro!
ResponderExcluirSuh,
vc não é igual as demais pessoas, desde a primeira vezes que li seus textos, fiquei intrigada, a forma que vc se refere a morte. A forma doce, triste e suave como escreves, é como um enigma encoberto pela poesia. Admiro!
É algo que não preciso saber para sentir.
Saudades...
Lembranças... Tudo isso na mesma medida que nos alegra, nos causa um vazio imenso por estarmos tão distantes daquela realidade, mas em contrapartida, estamos onde escolhemos estar, e isso de fato importa.
Estamos no lugar onde julgamos seguros para recomeçar, lugar esse que ainda não estou, mas sei q vc está.
Estou triste com vc, e de um modo que não sei explicar estou muito alegre e grata na mesma proporção, por estares viva e bem. Por vc ser assim tão forte, estou grata a Deus, pois Ele domina a morte. Ele controla tudo.
♪e a nossa história não estará pelo avesso assim sem final feliz, teremos coisas bonitas pra contar, e até lá vamos viver temos muito ainda por fazer não olhes pra trás, apenas começamos o mundo começa agora...♫ (Metal contra as núvens, Legião urbana)
Beijo!
E hoje, sinta-se abraçada por essa magrela aqui!
Escutem este cara, Fito Paez, que eu não conhecia, cantando "Águas de Março"...
ResponderExcluirhá coisa mais gostosa que sotaque? Que Deus conserve o meu...
Beijos!
Também não conhecia essa versão. Ficou muito bom!
ResponderExcluirSotague de fato é algo mágico, excetuando-se baiano quando vai pra o sudeste do Brasil. Rs... (brincadeira viu gente)
Bejo
Quando LILY voltar talvez escreva sobre isso... hehehe!
ResponderExcluirNo caso dela, no mínimo, divertido, no mínimo, ingredientes para boas risadas.
Dobra a língua, dobra...
Karlinha,
ResponderExcluirMeu professor de jj é brasileiro, mas a aula é em Inglês, "of course"... só que ele "numguenta" e fala o tempo todo em Português comigo. E eu treino com os faixas roxa que falam Espanhol (para os casos de necessidade, que são muitos), fica assim então, uma aula em 3 línguas... Babel? Não, não... nem um pouco...Hehehe!
Só saio lucrando, pois só treino com os "bão"! No dia em que eu pegar uma mulher na reta ou um homem mais fraco, daqui a uns tempos, será uma coisa...
Ah!, ainda hei de escrever sobre ele, meu professor. Veio andando, a pé, querida, a pé, de Goiás até aqui. Demorou dois anos... passou por guerra na América Central. Uma história! Ele tinha o visto, mas não tinha grana para a viagem... 20 anos atrás.
É ou não é para se respeitar o cara? P.M.! O cara é o bicho, isso é que é vontade e, ele, que nem eu, sabia nada de Inglês enquanto aprendia jj.
Ah!, as besteiras, a gente fala bem rápido para os que falam em Espanhol nem pensarem em querer entender... sacanagem...rs!
Há uma aluna americana, bom, que na realidade nasceu na França, mas é suíça, faixa roxa, treina no horário após o meu... que quer aprender Português. Eu ensino, quando ela aparece lá, enquanto treino (um transtorno para os meus neurônios!), mas só ensino BO-BA- GEM!
ResponderExcluirImagina, menina!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAdoro jogar conversa fora...
Putz, torre de Babel sim. Rs...
Mas deve ser bem legal.Rs...
Ow Suh, me tira uma dúvida, a sua orelha é estranha também? Tipo, como a da maioria do lutadores de jj, meio "quebradiha". Rs...
Escreva mesmo, ainda não li seus contos...
Acho q ver/ler o dobrar de língua dos baianos será hilário.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ai ai...
Beijo grande e boa noite!
P.S. gostei do papo!
Ah, menina...
ResponderExcluirEstou vendo que você está bem entendida... o carinha andou ensinando... hehehe!
Mas...
"pelamordedeus", que eu me livre disso... apesar de que a tola aqui, no início, negava-se a tirar os dois brilhantes de cada lado... com o papo "no problem, no problem..." até o dia em que um "roxo" pegou minha cabeça com as coxas e eu vi milhões de estrelinhas e pensei "já eram minhas orelhas, cadê meus brincos? Cadê eu?"... Morri de vergonha e nunca mais... sequer anel.
Isso acontece com os "barra pesada", acontece de tanto que a orelha é espremida... e penso que não acontecerá comigo porque não chegarei a tanto e tenho, graças a Deus, orelhas tamanho normal e não são de abano... kkkk! Estou aqui, morrendo de rir. Hoje, o troço lá foi bom, apareceu uma mulher faixa azul para mim.
Dizem que sotaque é algo extremamente sexy. Principalmente se você, tentando aprender, finca os olhos na boca do outro, olho, boca, boca, olho... fazer o quê? Aprendizado é aprendizado... o outro que se segure...kkk!
Fui! Beijos!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirQue bom... mas a do tal carinha não é quebradinha também não. Rs, mas como me interessei pelo assunto, não pude deixar de notar as orelhas daqueles lutadores, Rs...
Como te disse, esses papos estão aguçando ainda mais meu desejo de voltar a treinar.
Que bom q a sua é nomal, nem pequena demais nem de abano. rsrsrs...
Sotaque de fato é muito sexy, francês então, nossa... também gosto do inglês britanico... Acho bem sensual... Rs...
Idiomas no geral são bem interessantes... vi no youtube um dia desses um vídeo sobre as mineiras, lembrei de ti. RS,
http://www.youtube.com/watch?v=t3rZd32S5h4&feature=player_embedded#
Dá uma conferida no vídeo, sem contar que achei o carinha muito lindinho, adorei a voz dele. Rs