sexta-feira, 19 de novembro de 2010
NOTÍCIA DE MIM
resgato-me
de tudo que em mim eu mesma rasguei
embora
cinza o mar
cinza o céu
cinza que piso
embora primavera aí
outono aqui
resgato-me
sirvo-me bolachas pardas
café claro
muita é a fome
deixo-lhe aí
uma nesga de pensamento meu
numa xícara do mais puro chá
claro feitos os dias aqui
mas em pétalas.
(suzana guimarães)
23 comentários:
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Belíssimo, cada sílaba um poema.
ResponderExcluirBeijinho menina.
Fernanda.
Querida Suzana,
ResponderExcluirA foto é uma das mais lindas que já vi.
E o texto, então!?!?!?
Já ouviu falar de palavras desenhadas?
São estas suas.
Poema medido em perfeição,
que fala na medida certa
o que você tem a dizer,
da forma mais inteira que
poderia sair.
Captei as notícias dê você, gostando principalmente de saber que investe firme no resgate de si, mas apreensiva com tanto cinza...
As pétalas me caíram como fios de esperança...
Tenho a lhe oferecer, flores que cultivo aqui, em casa, de cores variadas.
As pétalas são sedosas, caseiras, regadas com água da Copasa (rs) e, quando possível, de chuva, o que as ilumina ainda mais...
Elas também são suas, amiga!
Beijo carinhoso!
Amiga, eu quis dizer:
ResponderExcluirCaptei as notícias "de" você...
Beijo!
como é bom esse teu jeito bonito de escrever.
ResponderExcluirMaurizio
Suzana,
ResponderExcluirQuanta sutileza em tuas palavras, faz-se assim o poema mais belo, e em pétalas melhor ainda!
Lindíssimo!
Um abraço minha linda, Marluce
Suzana,
ResponderExcluirQuanta sutileza em tuas palavras, faz-se assim o poema mais belo, e em pétalas, melhor ainda!
Lindíssimo!
Um abraço minha linda, Marluce
Te sinto na hora de reorganizar as prateleiras com seus mais preciosos guardados, após deitar fora tudo de inutil que atulhava tanto e já não combina mais com a nova estruturação do espaço.
ResponderExcluirE ainda com tempo e tranquilidade para sorver uma chávena no chá das cinco.
bjos
ah...
ResponderExcluirqueridona Su
da licença de tratar-te com esta intimidade hj, pois a conversa vai entre nós, eu e vc com Nietzsche..., e quem mais chegar.
Ele...
“- e quem quiser ser um criador, no bem e no mal, tem de ser antes de tudo, um destruidor e arrebentar valores.
Assim, pois, o mal maior é o próprio do maior bem: este, porém é o criador.”
Então sabe que reparei?! Tenho visto muitas borboletas ao chão, algumas já mortas outras paradas esperando o momento de outra vez iniciar o ciclo, silenciosamente lagarta...
Lindos grãos dourados da areia e no todo fico estupefata de tamanha beleza da natureza.
Já lhe disse que adoro encontrar-te aqui de regresso ao M.S.
Bjinhos e um final de semana feito esta lua cheia em prata a vc.
Suzana, querida!
ResponderExcluirQue belo texto e foto, nossa eu adorei.
muito bom pra começar o meu dia. em pétalas.
Beijos!
Olá Suzana,
ResponderExcluirFiquei muito impressionada com seus textos. Fortes, ricos, corajosos, muito bem escritos.
Li o texto sobre a sua amiga que ia lhe dizer umas verdades. Sabe, me encontrei TANTO nele, que você não imagina. Dia desses postei no meu blog um texto sobre amizade.
E era também sobre isso, sobre as "verdades" que certos "amigos" acham que podem nos dizer. Eu nem sei se a verdade existe, se você quer saber. Esse povo que se intitula "dono da verdade" me dá é nojo, sabe.
Bom, desculpa o desabafo, mas ando muito chateada com alguns "amigos".
Beijos,
Carla
Sabe Lily?
ResponderExcluirÉ bom chegar aqui e ficar sorvendo teu poema.
Divago...
No outono deixo cair àquelas dores como folhas que perderam o frescor.
Então me lanço nos braços do inverno para lavar todos os resquícios.
Logo a primavera adentra e eu sou flor novamente sem machucados.
Depois as estações começam outra vez...
Teu poema me levou a esse dialogo com meu interior.
Gosto muito de te ler, é como se houvesse um carinho nas tuas palavras para os corações.
Beijinho menina!
Fernanda.
E quanto mais você se resgata, mais forte você fica Suzana.
ResponderExcluirEu sempre acho e tenho certeza, de que você se pariu uma mil vezes também, e volta, e nasce assim: renascida, leve, forte, e faz uma faxina na alma, nas gavetas, na vida, e o que não serve, você queima, joga as cinzas e deixa que a vida leva, porque ela sempre leva.
Você é lindaaaaaaaaaa Suzana, lindaaaa!
Um beijoooo!
Com dias cinzas ou não,
belo sentir belos versos que deixan leer seu toque poetico amiga adorei,.,,
ResponderExcluirsaludos
abracos
otima semana
Querida Suzana,
ResponderExcluirSeu poema está lindo. Mas lindo já virou clichê pra mim, mesmo assim, não deixa de ser sincero. rs
As pétalas regaram o chá com doçura.
Beijos da Álly.
=)
Nuss Lily... Seu blog é de tirar o fôlego. Muita inspiração e talento em um lugar só. Parabéns!!!
ResponderExcluirQue bom que voltou, doce Suzana...que bom que voltou!!!!
ResponderExcluirVocê tem o poder se resgatar e isto é lindo demais, guerreira!
beijos em seu coração!
Biazinha
Resgatemos-nos então querida Suzana rsrs =) e que foto é essa hem?! vontade de deitar nessa areia com meu violão e muita coisa boa pra tocar/cantar *-*
ResponderExcluirQuerida Suzana...
ResponderExcluirando pensando em palavras definidoras.. palavras essência... já chamei muita coisa de "lindo"... quero chamar de algo a mais e tua letra faz isso comigo... lança-me à caçada das essências nas palavras...!
Beijos...
A palavra de hj:
intensa!
Álly
Lindo...
ResponderExcluirDeveríamos gastar mais tempo conhecendo a nós mesmos....
Parece que nunca nos conhecemos o bastante, e tendemos a ser surpreendidos a todo instante...
Beijos
Sei que ai é outono, aqui é final de primavera, mas por vezes parece verão. Porém dentro de mim não consigo viver outra estação que não seja outono. Um chá de frutas vermelhas relembra um 'quase' inverno...
ResponderExcluirTudo por aqui e em mim, tem cheiro de saudade e de outono...
Beijos querida Suzana
Delicado e lindo... mesmo que com um toque de uma leve tristeza... de um luto e de um renascer.. bjs
ResponderExcluirDisseram-me que podemos, às vezes, nos dar um tempo... mas se paramos de escrever, morremos...
ResponderExcluirum cinza nos é inspiração... pena não ser ação..
beijo forte e saudoso.
A tarde por aqui tem uma pintura de outono, com ventos e xícaras de chá, livros e rascunhos. Vontade grande de deitar numa rede e esperar a noite chegar, mas por enquanto estou aqui a ler tuas linhas. As de antes que para mim são de hoje...
ResponderExcluirPs. Seria possível eu levar esse poema comigo???