quarta-feira, 5 de março de 2014

Trecho da apresentação do livro "dOloreS Crônicas" por B. Leonardo


(fotografia de João Ricardo Sousa)


"Será fácil explicar a força dum tornado, a solidez duma gota de chuva? (...) – Talvez que alguns, os uns o possam afirmar que sim, os outros que não e ainda uns quantos nadas, como este, que não explicam, não sabem como explicar nem o pretendem: à escrita, à palavra que se faz vida, morte e ressurreição na sua escrita não se deve procurar pelo entendimento dos comuns… ou não fosse Suzana Guimarães um extraordinário e singular ser que em si já transportou a maternidade, esse princípio e encerrar de mundos, escritos e por escrever. A sua escrita não se explica; arrebata como só o acontece a quem domina as mais límpidas e violentas emoções dentro da mais ínfima das palavras. (...) nas palavras de Suzana Guimarães não existem jogos de espelhos, sombras artificiais, abrigos temporários – instigante e contundente, o tanto-quanto pura e delicada, Suzana Guimarães entrega-nos por este e neste livro que “é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”, a vida, como todos os livros deveriam entregar… (...)". Por Breve Leonardo, em "Dolores Crônicas".