quinta-feira, 29 de setembro de 2011

FATO




(fotografia, via celular, por R. Meneghini )

A noite engoliu a tarde que devorou a manhã e eu nem vi, absorta na lembrança dos dias inteiros em que eu é quem os devorava.
Tédio.
O nome é esse.
Entediada manhã que a tarde usou para conquistar a noite, essa, ardida em febre.
Febre.
O nome é esse.
Febre de ser. Ser qualquer coisa, além destes contornos que me compõem, qualquer coisa preenchida, terna, imune à dor do mistério e da consciência.

(Por Suzana Guimarães)