(fotografia, por SCG) |
Nunca me viu, nunca me ouviu, não sabe ao certo o tom da minha pele. Não sabe se sou mesmo de verdade ou uma simples e estudada farsa.
Pouco sabe de mim, mas cuida da minha alma. Você a alcançou num dos teus giros, e eu pergunto "como"?
Tolas, tolas perguntas fazemos. Perdemo-nos em perguntas. O que importam?
Tenho em mãos, o amarelo e branco das margaridas que você me ofereceu. Veste em véu azul do céu que me ofereceu para descanso. Capim cheiroso, pisado de leve, para refrescar dos pesadelos. Algodão em flor para que eu me mova e enxugue as lágrimas.
Tuas mãos, eu nunca toquei, mas flexiono-me para ti, em respeito. Sinta-o.