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(imagem de SCG) |
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
FUI COMPRAR BATOM - antes de sair para a compra, deixo este outro bilhete no espelho
Eu poderia pedir a Deus que trocasse a minha tensão elétrica. Eu poderia pedir para baixar de 220 para 110V. Eu poderia pedir para ser menos. Eu poderia pedir para deixar de ser ventania, tempestade, tapa forte, ou simplesmente flor, e ser apenas dente-de-leão, fiapos de algodão juntos, e que, com um simples e pequenino sopro vai para os ares. Eu queria pedir, mas tenho medo. Tenho medo Dele realizar o meu desejo e eu sentir saudades de mim... Suzana
20 comentários:
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Saudades é bom...Mudar é bom... E medo, não é bom...ou é?!
ResponderExcluirUma boa semana! Muito carinho!
Eu sinto saudades de ti!
ResponderExcluirBeijos!!
Suzana, sabe o que eu penso?
ResponderExcluirVocê não deveria pedir nada a Deus.
Pois essa é a sua alma. Sua essência.
A que te guiou até o dia de hoje.
A que permanece viva, mesmo com as marcas das travessias da vida.
Você atravessou até aqui. E tenho certeza de que já passou e enfrentou várias tempestades.
Se o barco alguma vez virou, você soube nadar.
Enfrentou a maré, as ondas na luta. Na garra.
Na gana. Na coragem.
Você é essa ai óóó. A Suzana.
Mudar pra que? Não mude nada.
Se quer pedir alguma coisa a Deus, peça apenas para que ele não deixe que você se perca.
E algumas horas de serenidade. De colo, que ele com certeza te dará.
Muda não Su!!!
A gente pode fazer plástica no fisico, mas não existe plástica na alma.
E a sua, é tão bonita.
Uma vez, numa aula de desenvolvimento mediúnico que eu fazia, meu professor (Que hoje enfeita o céu), pegou uma cartolina branca, e fez um ponto escuro no centro.
E perguntou a todos nós, o que significava aquilo.
Todo mundo respondeu: Uma cartolina com o ponto no meio.
Na minha vez, eu respondi: Um ponto no meio de uma cartolina branca.
A cartolina, era os defeitos do ser humano.
O ponto no meio, era o próprio ser humano.
Não sei se eu estava inspirada nessa aula, mas fui elogiada pelo mesmo, por ter conseguido enxergar o que todos não enxergaram.
O SER HUMANO.
E cada um, é o que é Su!
Veio com essa bagagem, e acredito que retornará com ela.
Não mude. Eu enxerguei, e vejo o melhor de você hoje.
Compra seu batom, volte, e muda o bilhete na geladeira.
Coloque: Eu sou feliz, porque me aceito plena.
Te abraço, minha linda!!!
Suzana, Pe Fabio de melo disse algo assim:
ResponderExcluirHá pessoas que nos roubam, há pessoas que nos devolvem.
Essa pessoa é você.
Também não gosto de nada que é passageiro.
Gosto de tudo que vem pra ficar na minha vida.
E você veio.
Obrigada pelas palavras, pela morada..
Te recebo de pés descalços.
Coração aberto.
Alma limpa.
E com um sorriso iluminado no rosto.
PS: Percebi que aquilo do Franck foi pra vc.
Ele é ótimo mesmo. Você me apresentou a ele, e posso dizer que ganhei um amigo tão lindo, e tão raro.
Viu como vc traz coisas boas na vida das pessoas?
Mudar pra que? rs
Beijooooooooooooooo!!!
Oi Suzana!
ResponderExcluirTem dias em que penso exatamente isso? Hoje foi um deles! Fico me olhando 'voando' pelas ruas, no trabalho, passos apressados, idéias que não param, atenção em várias coisas ao mesmo tempo, e nessas horas eu só queria ser menos tudo isso!
Levar a vida com mais calma, mais delicadeza, respirar mais... (até isso quase me esqueço às vezes [rs]). Mas sabe, pensando agora eu acho que no fundo se mudasse de verdade, teria grandes chances de ficar entediada comigo mesma... [rs]
Beijo grande!
Curta e respeite seu tempo. Ele é só seu. Curta e respeite vc. Mude o que achar necessário. Jogue fora o que ocupa espaço DESnecessário. Mantenha apenas sua linda essência.
ResponderExcluirAcima de tudo, fique bem e seja feliz!! Aguardo, aqui, a sua volta!
Beijos
Carina
Gente, amei esse texto. Lindo, lindo! Seja você mesma sempre! Cada tempo um ser diferente...
ResponderExcluirDelicia de palavras...
ResponderExcluirsaudades...
na verdade3 não é algo ruim..
so se for saudade de semros nós mesmos.
Um dia tive essa saudade,
mas
agarrei-me
abracei-me
e de braço comigo mesma
me tornei
Catiaho Reflexo d'Alma e hj vivo entre sonhos e delírios.
Agora sinto falta de seres que me deixaram
sem terem sido levados pela morte fisica.
Mas ja me acostumei por enquanto
eles vão antes de mim...
mas um dia ...
bem esse ja é assunto pra outro comentario.
Bjins entre sonhos e delírios
Em time que está ganhado não se mexe, não é isso???
ResponderExcluirMas, uma substituição vez por outra não me parece ruim.
Ahh, Suzana, que bom te ler!
Abraços,Mônica
.
ResponderExcluirAh, que fofo!
Eu também não mexo no
ecossistema, e que continue
tudo, como tudo é...
silvioafonso
.
Querida Suzana,
ResponderExcluirSomos o que somos, e por mais que nos movamos em sentido oposto nos encontraremos de novo, e não sermos essa essência é um desperdício, principalmente quando ela faz tão bem aos outros,
Amo seus escritos, de uma sensibilidade ímpar, se vc mudasse, já náo sei se seria tão atraente assim,
saudações poéticas!.~
Sou dente-de-leão nos meus versos. Acho que ninguém vai soprá-los, mas quando suspiram perto de mim, já é o bastante. Até que gosto de esvoaçar e ter saudades de mim inteira, até que o vento de volta me recomponha novamente.
ResponderExcluirBeijo doce.
Adoro te ler!
As vezes queria ser fiapos de algodão e com um sopro ir pros ares (só). As vezes é bom mudar, mas sem deixar de ser essência...
ResponderExcluirBeijos na Alma
>>>Dani
Vivo sentindo saudade de mim, mas é bom não se perder tanto pelo caminho!!!!
ResponderExcluirPassando pra deixar meu abraço,e te desejar um fim de semana lindoooooooooo Su!!
ResponderExcluirBeijooooooooooo!
Ela e o mar.Só poderia haver um encontro de seus mistérios se um se entregasse ao outro:
ResponderExcluira entrega de dois mundos incognoscíveis feita com a confiança com que se entregariam duas compreensões.
Ela olha o mar, é o que pode fazer.(...). A mulher não está sabendo, mas está cumprindo uma coragem.
Com a praia vazia nessa hora da manhã, ela não tem o exemplo de outros humanos que transformam a entrada no mar em simples jogo leviano de viver. Ela está sozinha. O mar não é sozinho porque é salgado e grande,
e isso é uma realização. Nessa hora ela se conhece menos ainda do que conhece o mar.
Sua coragem é a de, não se conhecendo, no entanto, prosseguir.
É fatal não se conhecer, e não se conhecer exige coragem. Vai entrando.
A água salgada é de um frio que lhe arrepia em ritual as pernas.
Mas uma alegria fatal – a alegria é uma fatalidade – já a tomou, embora nem lhe ocorra sorrir.
Pelo contrário, está muito séria. O cheiro é de uma maresia tonteante que a desperta de seus mais adormecidos sonos seculares. E agora ela está alerta, mesmo sem pensar. A mulher é agora uma compacta e uma leve e uma aguda – e abre caminho na gelidez que, líquida, se opõe a ela,
e no entanto a deixa entrar, como no amor em que oposição pode ser um pedido.
O caminho lento aumenta sua coragem secreta. E de repente ela se deixa cobrir pela primeira onda.
O sal, o iodo, tudo líquido, deixam-na por uns instantes cega, toda escorrendo
– espantada de pé, fertilizada. Agora o frio se transforma em frígido.
Avançando ela abre o mar pelo meio. Já não precisa da coragem, agora,
já é antiga no ritual. Abaixa a cabeça dentro do brilho do mar,
e retira uma cabeleira que sai escorrendo toda sobre os olhos salgados que ardem.
Brinca com a mão na água, pausada, os cabelos ao sol, quase imediatamente já estão endurecendo de sal.
Com a concha das mãos faz o que sempre fez no mar, e com a altivez dos que nunca darão explicação nem a eles mesmos:
com a concha das mãos cheias de água, bebe em goles grandes, bons. (...)Agora ela está toda igual a si mesma.
A garganta alimentada se constringe pelo sal, os olhos avermelham-se pelo sal secado pelo sol,
as ondas suaves lhe batem e voltam pois ela é um anteparo compacto. Mergulha de novo,
de novo bebe, mais água, agora sem sofreguidão pois não precisa mais. Ela é a amante que sabe que terá tudo de novo.
O sol se abre mais e arrepia-a ao secá-la, e ela mergulha de novo; está cada vez menos sôfrega e menos aguda.
Agora sabe o que quer. Quer ficar de pé parada no mar. Assim fica, pois.Como contra os costados de um a água bate, volta, bate. A mulher não recebe transmissões. Não precisa de comunicação.
Depois caminha dentro da água de volta à praia. Não está caminhando sobre as águas
– ah nunca faria isso depois que há milênios já andaram sobre as águas
– mas ninguém lhe tira isso: caminhar dentro das águas.
Às vezes o mar lhe opõe resistência puxando-a com força para trás,
mas então a proa da mulher avança um pouco mais dura e áspera.
E agora pisa na areia. Sabe que está brilhando de água, e sal e sol.
Mesmo que o esqueça daqui a uns minutos, nunca poderá perder tudo isso.
Clarice Lispector, as aguas do mar.
Pra Suzana, que nadou num rio azul.
Num mar azul...rio/mar...ela viu o azul.
O mar é ela. E ela nadou dentro dela.
Fora dela.
Dentro, fora...Suzana é o rio - mar.
Te abraçooooooooo forte minha querida.
Tão bom te sentir assim.
Suzana,
ResponderExcluirUm belo poema!
... eu só não quero ser,nunca, o que certas pessoas "querem" me induz a ser...
Um abraço, Marluce
Sabe... vou te contar um segredo... eu tomo um remedinho (verdade) q me faz nao ser eu... pedi pro médico, nao pra Deus... mas dá certo.. ou dá errado... nao sei.
ResponderExcluirBom, sei q as vezes, deixo de ser flor (engraçado que serviu direitinho!), mas dente-de-leão ainda é muito pro que resta.
Dai, me sinto... me sinto... mentira... nao sinto.
ELE sabe o que faz, basta ter fé.
ResponderExcluirJá comprei também, adorei o bilhete do espelho.
Excuse my indiscretion, these are your lips?
bjs
Yes!
ResponderExcluirThese are my lips.