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| (Imagem gentilmente cedida por Daniela Ferreira) |
Eu tenho a quem amar e por isso posso dizer eu te amo abrindo levemente os lábios, sem alardes, sussurrando as consoantes.
Eu tenho a quem amar e por isso falo eu te amo arredondando os lábios para que as vogais acarinhem esse objeto de todo o meu amor.
Porque é gigante, imenso como as pradarias e as trundas; lança afiada como as cataratas e em profunda singeleza como são as cordilheiras ao olharem seu deus.
Eu tenho a quem amar e isso é glória, é o troféu do homem bom; é amor tão grande que entende até as pequenezas - porque só o que é verdadeiro aceita o miúdo, o pouco, a escassez.
Eu tenho a quem amar e em seu rosto dedilho canções, conto histórias, afasto as incertezas e tensões desse objeto de todo o meu amor
E deixo meus olhos silenciarem em devoção.
Porque é puro, é lindo, é amor.
Eu tenho a quem amar e ao falar eu te amo
Até meus olhos param de respirar.
Porque esse amor é solene e meu.
Suzana Guimarães
Originalmente publicado em https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1805717279680744&set=rpd.100007274686770&type=3&theater
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